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Influencer de Luxo, Rifas e Prisão: O Que Está Acontecendo com Bu­zeira?

buzeira

Quem é Buzeira?

O influenciador digital Bu­zeira (nome real Bruno Alexssander Souza Silva) tem 28 anos e surgiu nas redes sociais exibindo um estilo de vida de luxo — carros importados, joias, festas, sorteios de alto valor. Ele ficou conhecido principalmente por rifas online e sorteios de itens ultra-valiosos, além de ostentar amizades com celebridades.


Natural de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, Buzeira já trabalhava em comércio exterior antes de virar influência digital em escala.


O que motivou a investigação?

Ele chama a atenção da polícia e de autoridades por diversos motivos:

  • Em dezembro de 2023, foi alvo de investigação da Polícia Civil do Estado de São Paulo por exploração de jogos de azar (rifas e sorteios online) e lavagem de dinheiro.

  • Em fevereiro de 2025, foi alvo de mandado de busca e apreensão na sua residência em Mogi das Cruzes (SP), por suspeita de crimes tributários, organização criminosa e lavagem de bens.

  • Seu modo de vida ostentatório — carros de luxo, uma mansão, benesses de influência — gerou desconforto institucional por uma renda que parecia incompatível com o histórico oficial.


A prisão e os fatos mais recentes

Na manhã de 14 de outubro de 2025, Buzeira foi preso preventivamente durante a operação Operação Narco Bet da Polícia Federal (PF). Aqui os principais pontos da investigação que levaram à prisão:

  • A PF aponta que o esquema envolvia lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas, por meio de apostas online (“bets”), uso de criptomoedas, remessas para o exterior, empresas-fachada.

  • Foram cumpridos 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

  • O bloqueio de bens e valores ultrapassou R$ 630 milhões.

  • Durante as buscas na casa de Buzeira, foram apreendidos fuzis, pistolas, munição, equipamentos táticos e veículos de alto padrão — um “arsenal de guerra”, segundo a PF.

  • Em imagens divulgadas, há o momento em que Buzeira pega uma arma ao ver policiais na sua casa. A defesa diz que ele acreditou que bandidos invadiam sua residência, solicitou a PM, e ao perceber que eram agentes da PF colaborou plenamente.



O que se sabe sobre suas atividades nas redes

  • Ele acumulava mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais.

  • Ficou conhecido por sortear carros de luxo, joias, helicópteros, e por fazer rifas que atraíam grande público.

  • Em março de 2025, ele mesmo postou que havia perdido R$ 1 milhão em uma partida de pôquer realizada na casa de Neymar Júnior.

  • Em setembro de 2025, um evento promovido por ele em Olímpia (interior de SP) acabou em tumulto num posto de combustível após ele prometer entregar dinheiro em bichos de pelúcia e chamar seguidores — o evento gerou depredações, e sua McLaren avaliada em cerca de R$ 5 milhões teve o para-brisa danificado.


A versão da defesa

A defesa de Buzeira nega irregularidades e afirma que:

  • Não há provas concretas de que os valores de suas atividades foram ocultados ou dissimulados.

  • Quanto à arma encontrada, diz que ele reagiu acreditando tratar-se de uma invasão por criminosos, solicitou ajuda da PM e depois colaborou com a PF quando percebeu que eram agentes.


Por que este caso tem tanta repercussão?

São vários os fatores que geram atenção pública e midiática:

  • O contraste entre a imagem de influencer de luxo e o tipo de investigação criminal — tráfico, lavagem de dinheiro — chama atenção.

  • A utilização de criptomoedas, bets e empresas-fachada mostra um modus operandi sofisticado, que ultrapassa o simples “influenciar redes”.

  • A dimensão financeira estimada (centenas de milhões de reais) e o alcance nacional dos mandados tornam o caso simbólico para debates sobre influência digital, responsabilidade, fiscalização e golpes financeiros.

  • O fato de figuras públicas como Neymar aparecerem indiretamente nesse contexto (via relação com Buzeira) também amplia o impacto.


O que ainda está em aberto

  • O processo está em andamento e muitos detalhes ainda são sigilosos — por exemplo, alguns autos estão sob segredo de justiça.

  • A defesa afirma inocência e que vai comprovar que tudo está dentro da legalidade.

  • Cabe observar os desdobramentos: bloqueio de bens, convocações de testemunhas, apreensão de criptomoedas, entre outros meios técnicos de investigação.

  • Para o público, o caso também acende alertas sobre sorteios, rifas e “negócios” em redes sociais que aparentam rendimento rápido — nem sempre com base legal.


Considerações finais

O que o caso de Buzeira mostra, em síntese, é como a transição de “influenciador” para “empreendedor de sorteios de luxo” pode envolver riscos legais e responsabilidades complexas. Tudo indica que o diferencial dele — rifas online de alto valor, sorteios glamourosos, ostentação — mexeu com o radar de autoridades que investigam lavagem e tráfico.


Se você acompanha o universo de influenciadores ou pensa em interagir com sorteios/promos nas redes, esse caso serve como ponto de reflexão: a atenção precisa ser redobrada sobre a legalidade, transparência e origem das operações.



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